Os sete municípios que estão no entorno do gasoduto Coari-Manaus (Coari, Anamã, Anori, Codajás, Caapiranga, Manacapuru e Iranduba) vão ganhar, até o final do ano, serviço de Internet de alta velocidade.
A informação é do especialista de rede de telecomunicação da Tecnologia de Informação e Comunicação do Amazonas S/A – PRODAM, Guilherme de Moraes, que apresentou, no dia 20 de julho, os resultados parciais da execução do projeto Rede Estadual de Comunicações do Amazonas, durante o II Simpósio de Telemática do Comando Militar da Amazônia (CMA).
O projeto Rede Estadual de Comunicações está sendo executado pela PRODAM, em parceria com a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (SECT) e a Telecomunicações Brasileiras S/A (Telebrás). A iniciativa tem como objetivo prover Internet de alta velocidade nos municípios do interior do Estado, utilizando a infraestutrura de telecomunicação já existente.
É o caso da fibra ótica instalada nos 640 quilômetros do gasoduto Coari-Manaus, que vai levar Internet de qualidade para os municípios que ficam no entorno. Os ativos de conexão de rede podem chegar até a 10 Gbps. Para isso, PRODAM e SECT assinaram um Acordo de Cooperação Técnica em maio deste ano com a Telebrás, empresa administradora das fibras óticas das instituições públicas federais.
“Com a assinatura do convênio, a PRODAM ficou responsável por fazer o levantamento de todos os órgãos das três esferas de governo e dos três poderes, nos sete municípios. A ideia é que todos esses órgãos públicos tenham acesso à rede estadual de telecomunicação que está sendo criada”, afirma Guilherme, que informa ainda sobre o andamento do trabalho: “O levantamento já foi finalizado e os relatórios entregues à SECT e à Telebrás. Nós identificamos um número de 295 órgãos, entre escolas e unidades de saúde, que podem receber ativos de Internet”, disse.
O técnico da PRODAM informa ainda que a população desses municípios também vai ter acesso gratuito à Internet sem fio, por meio da instalação de hotspots em praças públicas. A previsão é que, até o final do ano, os municípios do entorno do gasoduto tenham acesso à Internet por meio de fibra ótica, tecnologia que vai substituir as antenas via satélite, uma tecnologia cara e de baixa velocidade.
Outras alternativas
Além da fibra ótica da Petrobrás, o convênio entre a PRODAM e a Telebrás também prevê a utilização dos 107 km de fibra ótica da Amazonas Energia, distribuídos nos municípios de Manaus, Iranduba e Presidente Figueiredo. Na capital, essa nova tecnologia vai poder levar Internet de qualidade para as zonas Norte e Leste da cidade.
Outra proposta defendida é a realização de parcerias com as empresas privadas provedoras de Internet, Embratel e Oi, para prover Internet nos municípios que ficam no entorno da estrutura de fibra que atravessa o Estado, como Humaitá, Borba e Careiro da Várzea.
Já para os municípios que não possuem conexão com nenhuma fibra ótica, o projeto do governo do Estado prevê ainda a ampliação dos links via satélite do Projeto Amazonas Digital, do SIPAM e do Gesac, que é o programa de inclusão digital do Governo Federal.
“Com a execução desse projeto, poderemos levar Internet de qualidade para, pelo menos, 15 municípios. Tudo isso antes do Linhão de Tucuruí, que está previsto para chegar apenas em 2013”, afirma Guilherme Moraes.
Linhão de Tucuruí
O Linhão de Tucuruí vai ligar o Amazonas ao Sistema Nacional de Energia e o núcleo do cabo de alta tensão – que trará a energia da hidrelétrica de Tucuruí para Manaus e outros municípios amazonenses – abrigará também uma fibra ótica, que poderá ser utilizada pelo Estado, aumentando a velocidade de conexão da rede de Internet.
Para os municípios que estão no trecho Linhão de Tucuruí-Manaus (Nhamundá, Urucará, São Sebastião do Uatumã, Itapiranga, Silves, Itacoatiara, Rio Preto da Eva e Manaus) o ganho de velocidade pode chegar até a 100 Gbps.
Por Andreia Nunes, em 22 de julho de 2011
Assessoria de Comunicação – PRODAM S/A