Desenvolvido pela Prodam, aplicativo faz cálculo da medicação conforme o peso e idade do paciente e o tipo de malária diagnosticada
O aplicativo Malariatrat completou seis anos no mês passado, no Dia Mundial da Malária (25/4). Desenvolvido pela Processamento de Dados Amazonas S.A. (Prodam), o app permite que os profissionais da saúde tenham acesso universal ao protocolo do Ministério da Saúde, com todos os dados referentes à forma mais adequada para o tratamento de pacientes diagnosticados com a doença,
De acordo com o analista de sistema da Prodam, Raphael Maquiné, as atualizações foram demandadas pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).
“Recebemos a missão de entregar uma nova interface gráfica e de melhorar a usabilidade do app. Além disso, esse é um dos primeiros produtos da Prodam desenvolvidos a partir da tecnologia Flutter, que possibilita o desenvolvimento mobile multiplataformas”, explicou.
Evolução – O Malariatrat foi desenvolvido, inicialmente, como ferramenta para auxiliar profissionais da área da saúde, como técnicos e microscopistas dos laboratórios da FVS-RCP que atuam em todo o Amazonas. Mas a eficiência e a simplicidade tornaram o app popular em outros locais que também registram casos de malária.
“Nossos registros marcam mais 800 downloads do app, inclusive em outros países como Colômbia, Costa do Marfim, Guiana Francesa, Moçambique e Etiópia”, afirmou Maquiné.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, explicou que o Malariatrat é uma parceria entre a FVS-RCP e a Prodam com o objetivo de facilitar o trabalho dos profissionais de saúde que atuam no controle da malária.
“É um aplicativo que funciona off-line, garantindo que estes profissionais façam a escolha mais adequada de tratamento de acordo com o diagnóstico do paciente, nas áreas mais remotas da Amazônia”, destacou.
A coordenadora estadual do Programa de Combate à Malária da FVS-RCP, Myrna Barata, assinala que o MalariaTrat, além do tratamento, informa também as recomendações de saúde. “As recomendações não são apenas para malária, como também para outros agravos de interesse da nossa região, como é o caso da tuberculose e doença de Chagas”, comentou.
Sobre a doença – A malária é causada por um parasita do gênero Plasmodium, transmitido pela picada de mosquitos infectados. Febre alta, sudorese e calafrios, palidez, cansaço, falta de apetite e dores na cabeça e em outras regiões do corpo são os principais sintomas, que podem se manifestar geralmente algumas semanas após a picada.
O diagnóstico é feito por meio de uma pequena amostra de sangue, e o tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível, para evitar complicações como anemia, icterícia e mau funcionamento dos órgãos vitais.
A prevenção consiste em evitar picadas do mosquito, fazendo o uso de repelentes, mosquiteiros, calças e camisas de manga longa, principalmente no período de fim da tarde e início da noite.