Em meio aos desafios acarretados pelos recentes desastres naturais que assolaram o Rio Grande do Sul, a preocupação com a continuidade dos negócios e com a prestação ininterrupta de serviços públicos essenciais cresce entre executivos e gestores públicos. Para Lincoln Nunes, diretor-presidente da Processamento de Dados Amazonas S.A (Prodam), a resposta eficaz a essa questão reside nos investimentos em tecnologia.
Lincoln Nunes destaca que o Rio Grande do Sul enfrenta o pior cenário possível em termos de gerenciamento de crise. “Imagine que você tem um datacenter que concentra todas as informações críticas dos cidadãos e de serviços essenciais como saúde e segurança pública, e ele é atingido por um desastre? Foi exatamente isso que aconteceu”, afirma.
No estado gaúcho, a situação foi contornada a partir de um de Datacenter secundário que continha os serviços críticos, além de vários sistemas que já haviam sido migrados pra nuvem. No entanto, mesmo com essas contingências, alguns sistemas não críticos ficaram indisponíveis por alguns dias. No Amazonas, a Prodam vem investindo em tecnologia, certificações, além de realizar o mapeamento contínuo de riscos a fim de garantir que, diante de um evento adverso, a empresa mantenha a os serviços críticos operacionais.
A Prodam mantém uma replicação em um datacenter remoto e, atualmente, executa um projeto para o provimento de um segundo ponto de réplica, que conta também com tecnologia de nuvem.
“Caso ocorra um evento adverso em que os dois datacenters (Prodam e remoto) venham a ser atingidos ao mesmo tempo, ainda teremos uma terceira alternativa de redundância para os serviços críticos, neste caso a nuvem privada”, afirmou Lincoln Nunes.
Serviços
A Prodam também oferece o serviço de “site backup” para seus clientes. Recentemente, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) contratou a empresa para fornecer equipamentos hiperconvergentes, na modalidade Infraestrutura como Serviço, com vistas à replicação dos dados do datacenter do TRE-AM.
O gerente de infraestrutura e serviços de T.I da Prodam, Salim David, explica que o site backup é uma espécie de cópia do site original, neste caso o datacenter do Tribunal Regional Eleitoral. De acordo com Salim, geralmente o site backup é localizado em um local diferente e independente, pronto para assumir as operações caso o site principal seja afetado por algum tipo de problema, como desastres naturais, falhas de hardware, ataques cibernéticos ou qualquer outro evento que possa comprometer sua disponibilidade.
“Na solução contratada pelo TRE, o site backup é mantido atualizado em tempo real para refletir as alterações feitas no site principal, garantindo que os dados e serviços estejam sempre sincronizados e prontos para serem ativados, se necessário”, explicou Salim.
Outro cliente que mantém o site backup ativo no datacenter da Prodam é a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-Am). Em caso de incidentes de segurança ou de desastres naturais, o governo estadual tem a garantia de que todos os serviços envolvendo a Sefaz permanecem publicados, disponível à população.
Datacenter
A robustez do datacenter da Prodam é essencial para fornecer esses serviços, com capacidade de processamento de 2.194 terahertz, 29.936 terabytes de memória e capacidade de armazenamento de 1.136 petabytes em seu ambiente virtual.
A empresa investe em autonomia de energia, com circuitos independentes, nobreaks e grupos geradores que proporcionam energia ininterrupta, além de uma infraestrutura de segurança avançada, incluindo monitoramento por câmeras, controle térmico e sistema anti-incêndio.
Veiculada originalmente em A Crítica